Boa noite e um Bom Ano Novo para todos! Passou já um mês desde o início do ano e ainda não tive a oportunidade de desejar a muitos de vós um próspero ano novo!
Quero agradecer ao Engenheiro Pedro Godinho e à Câmara de Comércio dos Estados Unidos – Angola o convite para discursar esta noite. A construção dos laços comerciais entre os nossos dois países é muito importante. A USACC é parte integrante desse trabalho conjunto.
Queremos ver uma ligação entre os sectores privados de Angola e os Estados Unidos mais forte e mais abrangente. O sector público tem um papel a desempenhar, mas como todos sabem, são as mulheres e os homens de negócios que fazem a economia crescer. Neste âmbito, temos que dar um melhor conhecimento das oportunidades existentes em Angola para que as parcerias no sector privado se criem. As soluções aos desafios económicos de 2015 e dos próximos anos estão nas mãos dos Angolanos, particularmente nas dos empresários.
Os homens e mulheres de negócios angolanos, ou seja, os empreendedores que transformam a economia, precisam de acesso ao capital, aos parceiros, e aos bens para que a economia cresça e se diversifique. É importante ter em mente que tanto os parceiros estrangeiros como os angolanos necessitam de um ambiente de negócios que promova a inovação, o que significa dizer que precisam de um clima competitivo. O povo angolano também precisa de um mercado dinâmico que incentive as empresas a reduzir os preços ao consumidor. Um ambiente de negócios competitivo pode estimular o tipo de economia diversificada que permite um país se proteger das crises que afectam todas as nações. Acredito que todos os angolanos, dos escritórios nas torres de Luanda, até à mais remota aldeia, beneficiariam de um clima de negócios que atraia investimento, encoraje o empreendedorismo e crie vias de prosperidade para todos.
Enquanto parceiro estratégico de Angola, os Estados Unidos quer ajudar na promoção deste tipo de ambiente que combate a pobreza e estimule a economia. Com o objectivo de combater a pobreza e facilitar a troca de ideias e comércio, estamos a convidar professores, empreendedores, funcionários do Governo, cientistas e outros angolanos a participar em programas de intercâmbio. O nosso novo escritório de comércio dedica-se igualmente à tarefa de estabelecer as ligações entre as empresas angolanas e americanas.
Também, estamos a promover um ambiente de oportunidades através da desminagem. Desde 1993, os Estados Unidos tem estado a apoiar os esforços para que haja mais terra arável e as estradas livres. Estamos a colaborar com as organizações e instituições angolanas para melhorar o nível de Inglês. E juntos, estamos a identificar meios de capacitação dos portos de Angola para melhorar a sua eficácia frente o aumento do volume comercial porque estão a passar.
Aumentar o volume de comércio é uma razão para que cerca de seis mil categorias de produtos angolanos possam entrar nos Estados Unidos livres de taxas pelo AGOA. Através da Ex-Im Bank, estamos directamente a apoiar o comércio no valor de mil milhões de dólares dentro e fora da indústria de petróleo para estimular o crescimento de Angola. Isto inclui o financiamento da aquisição de nove dos treze Boeing da TAAG. Não obstante, as pequenas e médias empresas também têm o potencial para beneficiarem dos financiamentos ao comércio.
Estamos a apoiar os esforços de Angola de reformar o seu sector eléctrico como parte do nosso diálogo bilateral sobre a energia. Em Junho, vamos oferecer uma formação para que os técnicos aprendam soluções mais modernas de energia solar visando a electrificação rural. Até Março, o Departamento de Estado vai financiar um estudo de engenharia sobre como Angola pode ligar as suas redes do norte, sul e centro. Uma vez conectadas, Angola poderá beneficiar de uma rede eléctrica mais estável e eficiente, que vai impulsionar a produtividade e o emprego. Empresas como o GE e o APR já estão a contribuir a estes esforços.
Eu e a minha equipa, estamos comprometidos num diálogo sério e contínuo com a Ministra do Comércio, Rosa Pacavira, e a sua equipa sobre as oportunidades de comércio e investimento em Angola, incluindo a facilitação para que homens de negócios visitem o país. Estabelecemos reuniões regulares para trabalhar em resultados concretos no quadro do nosso acordo bilateral TIFA, o Acordo Quadro de Comércio e Investimento. Eu disse que o futuro económico de Angola está nas mãos dos seus empreendedores e queremos que os nossos empreendedores sejam parceiros mais vibrantes nestes esforços.
Em Janeiro, quando fui ao Kwanza-Norte, visitei a Barragem de Cambambe e conheci aí o jovem, Engenheiro Walter Costa, que me impressionou pelas suas palavras quando disse que “Faremos tudo que estiver ao nosso alcance para tornar este projecto um sucesso.” Nos meus encontros através deste país, oiço com frequência o mesmo optimismo. Nas visitas que tenho feito a sete províncias do país, encontrei o mesmo espírito. Os Angolanos acreditam que Angola vai conseguir. O sentimento é de uma Angola Ascendente.
Uma Angola ascendente, ou seja, diversificada, com uma economia forte, e os sucessos compartilhados por todos os angolanos, é do interesse de Angola e também dos Estados Unidos. Como o Secretário Kerry declarou durante o Diálogo de Parceria Estratégica, “É lógico que quando trabalhamos juntos…todos partilhamos do sucesso.” Ou por outras palavras “A união faz a força!”
Até hoje, a maioria dos investimentos do meu país em Angola tem sido no sector petrolífero. Nas últimas semanas, visitei os investimentos da ConocoPhillips e da Chevron. Nestas visitas, desenvolvi uma apreciação real do alcance do esforço e da profundidade da contribuição dos Estados Unidos no desenvolvimento do petróleo neste país. Queremos ver o impacto positivo das companhias americanas a estender-se para outros sectores chaves.
Tanto na agricultura, como na indústria, energia e construção, Angola está a trabalhar para se abrir a novas oportunidades. E está a alavancar as suas vantagens competitivas para desenvolver regionalmente o comércio, como por exemplo, o corredor do Lobito.
Tudo isto são factores que tornam Angola um país mais preparado para os desafios futuros. E, em cada uma destas áreas, gostaríamos de ver os Estados Unidos, com a sua tecnologia de ponta e soluções inovadoras, ser um parceiro. Assim, queremos ver mais empresas dos Estados Unidos colaborar com empresas angolanas. A chave do futuro de Angola está nas mãos de um sector privado diversificado, conectado e vibrante. E como sabemos, temos todos que divulgar mais claramente as oportunidades competitivas no país para criar essas parcerias que são tão importantes.
Como sabemos, as acções valem muito mais que as palavras. Vamos, então trabalhar, juntos. Vou juntar-me a vocês agora para ouvir, de vocês mesmos, o que pensam das acções pendentes.
Connosco, esta noite, está também a nova Adida Comercial, Julia Rauner, que vai impulsionar os nossos esforços. Estamos aqui para agir. Obrigada!