Secretário Michael R. Pompeo na recepção empresarial

Museu da Moeda
Luanda, Angola

17 de Fevereiro de 2020

SECRETÁRIO POMPEO:  Boa Noite.  Obrigado (inaudível) Angola nos (inaudível) dos EUA, obrigado por me receberem.  Aqui, eu tive a oportunidade de conversar com um grupo de líderes empresariais.  Faço isso tão frequentemente quanto possível, viajo em todo o mundo (inaudível).

Uma das razões de querer estar aqui em Angola é (inaudível) vir até este lugar e (inaudível) esta oportunidade.

Há algumas semanas, alguém perguntou-me sobre o que mais me surpreende quando viajo pelo mundo.  Eu devo dizer-vos que é o nível absoluto de corrupção que eu vejo em todo mundo.  Os americanos, creio eu, na sua maioria tomam como certo que nós conhecemos o nosso sistema, nós não vemos isso.  Há uma disseminação muito grande em todos os lugares. Os países sempre desejam mais investimentos americanos, pois estes não vêm acompanhados dela, eles chegam de um modo essencialmente diferente. Todos vocês também veem isso quando viajam internacionalmente.  A corrupção é inimiga do crescimento e do progresso das nações.  Os danos causados pela corrupção são muito evidentes aqui em Angola.  Hoje, eu conversei com o presidente.  Não me restringi ao falar sobre o trabalho que ele tem feito, e nem sobre o trabalho que precisa continuar a ser feito.

Com cada grupo que me reúno, jornalistas, jovens empreendedores – hoje, eu reuni-me com algumas jovens mulheres empreendedoras – com autoridades governamentais, líderes empresariais, eu instei-os a realizarem transações limpas, transparentes.  A cultura da impunidade é destrutiva para o crescimento económico e para o bem-estar do povo angolano comum. Este país tem sido refém da corrupção já por muito tempo.

Eu pude vislumbrar a promessa e, quando conversei com os líderes empresariais, pude ver o trabalho que ainda precisa ser feito.  Falamos sobre isso quando, em agosto, eu estive com o ministro das Relações Exteriores.  Acabo de ter também a oportunidade de me reunir com alguns dos notáveis ministros que carregam a responsabilidade de executar essa missão incrivelmente difícil de aumentar a transparência financeira e de combater a corrupção.  Eu acredito, eu tenho confiança em vocês, e certamente, vocês também devem confiar nos empreendimentos americanos, de que estaremos do vosso lado a oferecer aquele nível de excelência, estado de direito e padrões.

Observem, sempre tivemos uma presença significativa no sector de energia cá, e esta presença no sector de energia está a crescer, e isso é excelente.  Temos um grupo de companhias de energia que vai investir mais de 2 mil milhões de dólares num projecto de gás natural.  Isso é fantástico.  É claro que isso repercutirá em benefício do comércio americano, com certeza, mas também, com certeza, para o povo angolano.

A agenda de reformas que o presidente estabeleceu precisa ser mantida, deve continuar.  Se conseguirmos corrigir isso, colectivamente, haverá mais negócios, as instituições financeiras retornarão.  Todos os aspectos que orientam a criação de empregos e riquezas para o povo angolano serão estabelecidos.  Faremos a nossa parte para auxiliar os angolanos a alcançarem a prosperidade.

Alguns de vocês devem estar a acompanhar – outros não – o lançamento da nova Corporação para o Desenvolvimento Financeiro.  No momento, ela tem menos de 45 dias de existência.  Nossa – ela está concentrada na catalisação de investimento privado nos países em desenvolvimento, em sectores essenciais como da agricultura, infra-estrutura e energia.  Muito dessa capacidade, cerca de 60 mil milhões de dólares em capacidade – trata-se de um programa real – muito daqueles 60 mil milhões em capacidade estarão disponíveis para a África.

Vocês todos também conhecem a história da África Próspera (Prosper Africa).  Trata-se de uma iniciativa que fomenta o investimento no comércio.  Os Estados Unidos e Angola também estão a reiniciar o diálogo sobre energia.  Faremos isso novamente em Junho.  O Power Africa 2 sempre provou ser importante.  Em 2019, nós auxiliamos as companhias eléctricas angolanas a prepararem-se para os 530 milhões de dólares de empréstimos do Banco Africano de Desenvolvimento, com vista a conectar aquilo que antes eram redes eléctricas separadas.

A Casa Branca também vem fazendo a sua parte com as mulheres empreendedoras por meio da Iniciativa de Desenvolvimento e Prosperidade Global das Mulheres (W-GDP).  Esta manhã, eu reuni-me com algumas dessas mulheres.  Elas são magníficas, talentosas e dedicadas.  Elas puderam ver os desafios que as suas pequenas empresas enfrentaram, mas também puderam ver que – se entendessem correctamente – a oportunidade estava lá. Cada uma dessas empresas também possui uma componente social.  Elas vêm tentando beneficiar não apenas a si mesmas, mas também ao ambiente angolano mais amplo.

Os Estados Unidos foram importantes na vida de muitas dessas pessoas, seja por meio de bolsas de estudo através do nosso International Visitor Lidership Program (IVLP) no Departamento de Estado ou de outra forma.  Portanto, temos todas as razões para aproximar ainda mais os nossos dois países, e estreitar ainda mais a cooperação.

Eu vivi boa parte da minha vida como um pequeno empresário, antes de perder a cabeça e candidatar-me para o Congresso (risos) há cerca de dez anos.  Eu sei o que todos vocês estão a passar enquanto tentam desenvolver as vossas companhias, empresas, oportunidades,  participações no mercado aqui em Angola e em África.  Certifiquem-se de estarem actualizados sobre aquilo que estamos a fazer no Departamento de Estado.  Estamos aqui para fazer o melhor possível para auxiliá-los a terem sucesso.  E para os líderes angolanos que se encontram aqui, hoje, saibam que também estamos comprometidos em manter este esforço.

Queremos ser bons parceiros, aqui, pelo povo angolano e pelas transições que estão a acontecer aqui em Angola, sei que podemos alcançar isso juntos.

Eu realmente agradeço por estarem a acolher-me aqui hoje.  Esta tem sido uma visita maravilhosa, e tenho certeza de que dela me lembrarei por muito tempo. Muito, muito obrigado.  (Aplausos)

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Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.